No dia 13 de junho de 1958 às 22h, numa sexta-feira de lua cheia; "Dia de Santo Antônio", nasceu uma menina na Ilha de Santa Catarina/BR. Ela chorou forte ao sair do ventre materno, proclamando ao mundo a sua vinda. Uma menina com muitos dons, capaz de encantar o mundo com seu jeito de ser e estar... A menina agora é Presidente Fundadora da Academia Brasileira de Contadores de Histórias e uma viajante do universo mítico. Assim nasceu uma Ceuta no Santuário das Bruxas da Ilha de SC.
Era Natal na meiga e tímida pracinha de São José da Terra Firme ,
Ao seu lado, todo iluminado, estava o centenário Teatro Adolpho Mello,
O mais antigo do Estado e o terceiro do Brasil.
Todo majestoso, recebe o nome do homem que nasceu em 20 de outubro de 1861 em São José da Terra Firme, que tempos depois, vai ao encontro das estrelas em 1º de novembro de 1926 na antiga Desterro.
Na beira da estrada morava Chico, o macaco da praça
Sempre alegre e brincalhão, jogava nos trausentes tudo o que tinha em mãos.
Ao lado de sua casa colocaram um torneira, que ainda se encontra lá,
Chico, malvado e ao mesmo tempo brincalhão, na falta de algo para atirar,
Ligava a torneira só para ver a água jorrar,
Formando uma grande poça que obrigava os trausentes pular.
Ali Chico cresceu, viveu e morreu, deixando saudades em quem o conheceu.
Nos arredores da singela pracinha,
Estavam os casarios formadores do centro histórico
Cada qual iluminado por luzes multi cores
Chamando a atenção de quem por eles passava,
Principalmente as crianças sem uma confortável casa.
Majestosos sobre a sala principal
Estavam as requintadas Árvores de Natal
Diferentes das árvores tradicionais da época,
Aquelas feitas com galhos secos de goiabeira,
Revestidos com barbas de velho
Enfeitadas de bolinhas feitas de coloridos papéis de bala.
Era um momento em que as as famílias menos abastadas,
Reuniam-se ao redor do fogão a lenha com suas grandes chamas clareando todo o ambiente,
Para a montagem do Pinheiro de Natal.
Enquanto que sobre as mesas das famílias bem abastadas,
As guloseimas enfeitadas com motivos de Natal,
Enchiam os olhos das crianças pobres que por elas passavam, espiando pelas janelas,
Nas casas das famílias menos abastadas,
As mães mais atenciosas,assavam sobre a chapa do fogão a lenha,
Deliciosos bolinhos de fubá embrulhados em folhas de bananeiras.
E lá nos fundos do quintal também eram assadas as bolachas de Natal
Enfeitadas de bolinhas de açúcar cristal,
E nas casas das famílias sem recurso algum,
Só restava o desejo de ter à mesa um pedaço de pão para saciar a fome,
Restando-lhes apenas o direito de viver
E o desejo retratado no imaginário de suas crianças
De ver Papai Noel deixar na sua humilde casa
Um presente de Natal.
Foi assim que a pequena e miudinha Maria
Saia nas noite que antecede o Natal,
Para vender seus acanhados pacotinhos de balas azedinhas,
Sem poder voltar para casa sem dinheiro suficiente para entregar aos pais,
Que ao passar em frente dos casarios do centro histórico de São José da Terra Firme,
Viu uma única vez, as famílias dentro de suas confortáveis casas
Cantando "Noite Feliz".
E foi assim que na véspera de Natal,
Maria, descalça, com seu vestido remendado
Olhou pela janela, tudo o que pode,
Soltou um ofegante suspiro e olhou o céu sem perceber
Que a sua volta, estava um grupo de crianças bem vestidas, a lhe jogar pedras.
A menina, sem poder se defender
Desfaleceu sobre o gelado paralelepipedo,
Enquanto que as crianças bem abastadas se afastavam
Cantando num só coro "Noite Feliz",
A pequena e frágil Maria
Acordou no dia seguinte deitada sobre sua humilde cama,
Uma simples esteira de palha forrada com uma coberta surrada,
De onde sentiu o Natal passar,
Sem nunca mais poder sai para vender os saquinhos de balas azedinhas
E jamais voltar a ver pelas janelas dos casarios de São José da Terra Firme,
As guloseimas do Natal,
Restando à doce menina,
Simples lembranças de um tempo que não volta mais.
Minha primeira atuação representando uma das grevistas "mulher espartana".
"O AVARENTO"
Minha segunda atuação representando "Fronzina", empregada do famoso avarento.
Duas Leituras realizadas em julho de 2007, sob a Direção de Carmem Fossari.
2008
"LISÍSTRATA E ÉDIPO REI"
ELENCO: Claudete Terezinha da Mata, Mariana Lapolli, Lúcia Amante, Fernando Marcelo Silva, Emanuela Espíndola, Gabriel Rodriguez Orcajo, Eliana Cristina Bär, Bruno Longo, Danielle Cascaes, Ana Cristina Schmidt, Jean Rocha, Ana Lucia Kroeff Vieira, Jeanini Caminha, Eloisa Dornelles,Sonia Dutra,Raquel Chaves,André Petrosky,Tayla Rocha,Cenira dos Anjos, Raquel Chaves Contra Regra e Apoio: Edileusa Berns, Daniel Goularte,Marino Mondehen.
FIGURINO: Lou Hamad
CONFECÇÃO: Elenco, com o apoio das alunas Jeane Silva Siqueira, Grace Koerner e Marina Marques.
DIREÇÃO: Carmen Fossari
DATA: 9, 11, 12 E 13 de Julho/2008
PROMOÇÃO: DAC- Secretaria de Cultura e Arte - UFSC
Antes, os preparativos com todo o elenco empenhado na confecção do figurino:
Depois de alguns meses,
LISÍSTRATA
09.07.2008
ΛΥΣΙΣΤΡΑΤΗ — Lisístrata, COMÉDIA DE ARISTÓFANES, apresentada nos últimos anos da Guerra do Peloponeso em -411, quando a cidade de Atenas estava em guerra, sem, ainda ter se recuperar da campanha da Sicília no ano -413, momento em que os lacedemônios (espartanos), acampados num raio aproximado de 20 quilômetros, haviam fechado um acordo com o sátrapa persa Tissafernes, onde diversos aliados haviam aderido ao inimigo.
Esta comédia, um ingênuo apelo à paz, foi representada pela primeira vez nas Lenéias sob o nome de Calístrato, o ensaiador da peça. Nada se sabe sobre as possíveis premiações, mas que Lisístrata é a mais antiga de todas as comédias do autor.
O que se sabe?
As cidadãs da Grécia, envolvidas com a Guerra do Peloponeso, lideradas pela ateniense Lisístrata, em reunião, decidem pela greve de sexo até que seus maridos desistam de lutar e instituam a paz. No fim da comédia, com a persistência das mulheres, as quais resistem aos desejos carnais até o final da greve, Esparta e Atenas celebram a paz. Lisístrata, em grego, significa "a que dissolve e separa exércitos"...
PERSONAGENS
Atenienses: LISÍSTRATA, CALONICE, MIRRINA
Espartana: LAMPITO
Velhos atenienses: CORO A
Velhas atenienses: CORO B
Representantes da Assembléia ateniense: COMISSÁRIO, PRÍTANE
Marido de Mirrina: CINÉSIAS
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Participam também diversas outras mulheres atenienses, representantes de Atenas, Esparta e demais cidades...
Todos os atos acontecem em Atenas (Ática). O cenário representa, de um lado a de Lisístrata e do outro a de Cleonice, ao fundo está o Propileu, o portal de entrada monumental da acrópole.
A comédia no seu contexto original, apresenta 1320 verso.
Lisístrata reúne-se com as mulheres planejando acabar de vez com a guerra, onde propõe uma greve de sexo mais a invasão da Acrópole, onde é guardado todos os tesouros de Atenas. Todas concordam, e a Acrópole é tomada por elas. O Coro de Velhos se apresenta para tentar expulsá-las da Acrópole com tochas de fogo, mas são impedidos pelo Coro de Velhas.
Um comissário e seus soldados, tenta prender Lisístrata e entrar na Acrópole, mas as mulheres não permitem (1º Ato). O comissário e Lisístrata discutem e ela, altiva, expõe suas razões pelas quais acredita que as mulheres são bem melhores que os homens na resolução de proplemas; ele, por sua vez expõe seu parecer machista, deixando claro que o lugar das mulheres é em suas casas cuidando dos afazeres domésticos. indignado com Lisístrata, o comissário vai ao entro dos seus colegas (2º Episódio). Os dois coros trocam desaforos e ameaçam enfrentar-se (1º Canto).
Lisístrata explica ao Coro de Velhas os seu esforços para impedir que as mulheres presas na acrópole escapem e se confraternizem com seus inimigos. Depois de impedir suas inúmeras tentativas de fugas, faz leitura da profecia que assegura a vitória às mulheres, desde que se mantenham firmes em seu propósito (3º Episódio). Os dois coros trocam gentilezas (1ª Cena lírica) e Cinésias, marido de Mirrina, chega à cidade para tentar convencer a esposa de voltar com ele para casa. Por sua vez, ela finge concordar com o marido, provocando-o sensualmente, fogindo em seguida para a Acrópole, deixando-o ereto de desejo. Nesse momento parece um arauto lacedemônio no mesmo estado afirmando ao Prítane que veio manter da paz, já que em Esparta e nas demais cidades, todos os maridos estão na mesma situação (2ª Cena lírica).
O coro de velhos e o coro de velhas atenienses, finalmente se entendem (2º Canto coral). Os representantes de Esparta vão ao encontro dos representantes de Atenas, com todos excitados quando aparece Lisístrata e faz a intermediação do acordo de paz (3º Canto coral). Por fim, atenienses e espartanos em reconciliação, são recebidos por suas mulheres, comemorando a paz que finda a guerra (3ª Cena lírica).
ÉDIPO, o filho, que ao nascer recebe a profecia de que matará próprio pai e desposará a mãe com a qual teria filhos e filhas. JOCASTA, filha de Menocenes, casada com Laio, Rei de Tebas, com quem teve Édipo. Finalisando o último ato, aflita sob o veu da desonra, Jocasta ampara ÉDIPO desfalecido, o filho que após saber de sua verdadeira origem, arranca da face com as próprias mãos, os seus olhos.
A mitologia grega diz que a previsão do oráculo, mostrou a Laio que seu primogênito, ao crescer, seria uma ameaça à vida de Laio. E Jocasca, para se prevenir, entrega o recém-nascido a um pastor de ovelhas, fiel servo do Rei, lhe incumbindo da difícil tarefa de matar o menino. Todavia, a criança é salva por outro pastor que o entrega a um casal que leva o rescem nascido para bem longe. Na vida adulta, Édipo, numa das suas peregrinações, visita o Oráculo e descobre que será o assassino de seu pai. Aflito, Édipo foge de sua cidade na tentativa de se livrar da trágica sina, mas no meio do caminho ele se depara com a carruagem que conduz Laio. Nesse percurso, um dos servos do Rei de Tebas, joga a carruagem sobre Édipo, que tomado pela ira, diante da soberba desenfreiada dos integrantes da comitiva real, por ele desconhecida, o futuro Rei de Tebas luta contra aqueles homens e para a conquista de sua “honra”, mata um por um. Nessa sangrenta batalha, somente um deles consegue fugir. Ao chegar a Tebas Édipo vê que a pólis está sendo perseguida por uma gigantesca maldade, a Esfinge com seu enigma. Por sua vez, o único que consegue resolver a charada, é o próprio Édipo que, ao ser proclamado rei de Tebas, se casa com Jocasta. Tempos depois, chega à cidade a notícia do assassinato de Laio. Revoltado, ao tomar conhecimento da notícia, Édipo tenta achar os culpados pelo sinistro, para tanto, ordena a Creonte, seu cunhado, que vá ao oráculo de Apolo para uma consulta. Ao regressar Creonte informa a Édipo que, segundo o Oráculo, o assassino de Laio está entre eles. Ao ouvir isto, Édipo inicia uma perseguição ao criminoso. Os cidadãos, compostos pelo Coro, sugerem ao Rei que chame o adivinhoTirésias, aquele que se diz intermediário entre os homens e o deus Apolo. O adivinho que revela a verdade, é insultado por Édipo, que lhe chama de falso profeta. Tirésias, pressionado pela revelação, expõe seu conhecimento. Édipo seria o assassino de Laio. Insatisfeito, Édipo acusa Tirésias e Creonte de traição. Acusa-os de planejarem se apossar do trono. Ao tomar conhecimento de tais alegações contra sua pessoa, Creonte apresenta-se ao rei para sanar o equivoco. Por sua vez, Édipo não lhe dá ouvidos, mas Jocasta intervém pelo irmão. Creonte jura por sua inoscência e argumenta, enquanto Édipo se vê perdido. Sem maiores pretensões, Jocasta relata ao Rei alguns fatos sobre a morte de Laio, desconhecidos por ele. Diante das revelações de Jocasta, Édipo se questiona se não seria ele mesmo o assassino de Laio. Confuso, Édipo pede que lhe chamem o servo de Laio, o único que sobrevivera. Nesse ínterim, chega um mensageiro com a notícia da morte do pai adotivo de Édipo. Esse mensageiro é o mesmo pastor que o salvara da morte. Ele faz ao Rei um relato completo sobre o ocorrido. Em seguida chega um pastor ao reino, que depois de muito relutar, esclarece a Édipo a verdade sobre o ocorrido. Jocasta, diante de tais revelações, diante do desespero do filho e da desgraça de ver a professia se cumprir, isola-se e enforca-se em seu quarto. Édipo ao ver consumado o matrimônio com sua própria mãe e matado seu pai, como puniçãos, arranca os próprios olhos, pedindo a Creonte, seu tio, que lhe envie para bem longe de Tebas, uma cidade onde ele possa viver exilado, longe de sua vergonhosa desgraça. Édipo e Jocasta tiveram 4 filhos, Antígona, Ismênia, Etéocles e Polinice.
Esta foi minha terceira apresentação teatral, com 3 edições. Jamais imaginanei ser convidada por Carmem Fossari, para representar Jocasta.
APÓS ÉDIPO REI, A ÚLTIMA APRESENTAÇÃO DE LISISTRATA 13.07.2008, ONDE REPRESENTEI UMA "MULHER ATENIENSE"
PARTE DO ELENCO REÚNIDO APÓS TODAS AS APRESENTAÇÕES
Com estas "leituras dramáticas", totalizaram-se 6 apresentações minhas em palco italiano.
Claudete T. da Mata
Atriz Manipuladora de formas animadas, Bonequeira, Contadora de Histórias Cenicas, Escritora, Artesã Oleira e Psicopedagoga.
Blog Beth Baltar: BIBLIOTECA DA ERA DIGITAL: Em Lausanne, na Suíça, o Centro Rolex substitui as prateleiras por multimídia 06 de novembro de 2011 | 3h 07 BERND MUSA, HILMAR SCHMUNDT,...
Desde 1998, Claudete T. da Mata, manezinha nascida em Florianópolis, no tempo das bruxas e lobisomens, com vasta experiência em teatro, busca divulgar e preservar a cultura local, de origem açoriana, através da personagem Dona Candoca, uma típica benzedeira da Ilha de Santa Catarina/Florianópolis. O trabalho se desenvolve de forma interativa e cômica, na modalidade Stand Up, onde Dona Candoca interage com o público e através do imaginário ilhéu, relata rotinas da vida diária, sua e dos outros, narra crendices, contos, causos e outros pontos, dos típicos habitantes da Ilha de Santa Catarina, e comunidades vizinhas, como São José da Terra Firme. Sucesso de público e critica, seu trabalho tornou-se consagrado pela sua forma divertida de ser, estar e fazer, ao abordar a cultura de de origem açoriana. Uns a chamam de benzedeira, outros de bruxa. Será?
Num vilarejo bem distante daqui, vivia um pai com sua família. Ele saía todas as manhãs para cortar lenha, para o sustento da família. Certo dia ao chegar em casa, sem nenhum feixe de lenha para ascender o fogo, o pai foi recebido pelo filho, o primogênito, que foi logo pedindo:
__ Papai, tenho fome... Quero pão.
O pai, sem saber o que dizer, muito menos o que fazer, respondeu:
__ Meu filho, me deixe em paz! Você viu eu chegar em casa com alguma coisa nas mãos, viu?
E o filho insistente, continuou:
__ Mas papai, tenho fome... Quero pão.
O pai, num piscar de olhos, respondeu definitivamente:
__ Está com fome é? Vejo que você não me entendeu. Agora vá pra cama e trate de dormir, que dormir também mata a fome!
OBS: Pegar uma camisa de mangas compridas para contar a história. enquanto estiver narrando o conto, deve-se ir montando o boneco. Primeiro montar a cabeça, fazendo um nó com o colarinho, em seguida montar as mãos, com um nó nos punhos da camisa, depois, é só segurar o boneco pelo pescoço com uma mão, e com a outra, segurar uma das mãos, executando a manipulação do boneco.