Páginas

domingo, 27 de março de 2011

CURRÍCULUM - CLAUDETE T. DA MATA

Bruxa Celta da Mata



Catarinense, nascida em Florianópolis/SC, residente na Rua Pedro 1, Nº 16, Capoeiras/Fpolis, com formação acadêmica em Pedagogia do Magistério/MA (UNIVALI), Especialição(UNIVALI) e Mestrado em Psicopedagogia (UNISUL), sempre em busca de novos conhecimentos para inovação e crescimento pessoal e profissional.  Fui professora de ensino técnico para professores das Séries Iniciais/Magistério, professora universitária colaboradora na Educação à Distância, UNOPAR/PR - Universidade Norte do Paraná, com atuação na implantação e implementação da Proposta Curricular da Educação Infantil do Estado de Santa Catarina; dos Conselhos Municipais da Criança e do Adolescente e Conselhos Municipais da Pessoa Idosa/SC. Prestou serviços em assessoria a órgãos públicos e privados, consultoria em elaboração de projetos e organização de seminários e conferências regionais, estaduais e nacionais dos direitos da pessoa idosa, onde atuei como Secretária Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa de Santa Catarina.   Escrevo contos, poesias e peças teatrais  a partir de releituras  e experiências da vida real, com dedicação esxlusiva ao teatro e contação de histórias para todos os públicos. Processo de formação teatral, pela Oficina Permanente de Teatro da UFSC, sob a direção de Carmem Fossari, Fizeram; integrante da Oficina Literária Letras no Jardim (http://letrasnojardim.blogspot.com); Grupo Teatral Boca de Siri / IFSC até os dias atuais, onde fiz a personagem “Benzedeira Gamboa” na peça Seo Frankolino e o Fantástico da Ilha; Fundadora do "Grupo Teatral EXPRESSARTE: Bonecos em Movimento" (Coordenadora, produtora, diretora, bonequeira e atriz), com participação especial na Companhia de Teatro Letras no Jardim, como atriz e co-autora de roteiros teatrais, e Ministrante de Cursos de Capacitações  (Teatro de Bonecos e Contadores de Histórias) para professores e graduandos em diferentes áreas, e público na faixa etária dos 6 aos 100 de idades. Na clínica psicopedagógica, atendo crianças, adolescentes e adultos com dificuldades de aprendizagem e diferentes síndromes: X-Frágil, Autismo, Dawn e DDA - Distúrbio de Déficit de Atenção.
Contato: (48) 38792061
E-mails: claudete_tm@hotmail.com - puff2000-2010@hotmail.com - claudete.mata@gmail.com


 Como atriz fiz e faço parte dos seguintes grupos:

 1 - Oficina Permanente de Teatro da UFSC

* Leituras Dramáticas "Lisistrata" e "O Avarento", sob a Direção de Carmem Fossari, Teatro da UFSC em julho de 2007

* Leitura Dramática "Édipo Rei" e "A Greve do Sexo", sob a Direção de Carmem Fossari, Teatro da UFSC em 11 e 12 de julho de 2008

2 - Déssima Primeira Edição do SaraUFSC *

* Performance "A Festa das Bruxas", em homenagem ao catarinense Franklin CascaesLeituras Dramáticas, Teatro da UFSC em 07 de agosto de 2007
  
3 - Grupo Teatral Boca de Siri do IF-SC: Peça Teatral “Seo Frankolino  o Fantástico da Ilha", sob a Direção de Marcia Krieger e Tania Meyer

 * 8º Didascalico/Mostra de Teatro/Auditório do campus Instituto Federal de Santa Catarina/IFSC em 14 de setembro / Florianópolis /SC/2009

* Semana Nacional e 3ª feira de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Santa Catarina/IFSC/Largo da Alfândega (Miramar) Centro em 14 de outubro/Florianópolis/SC/2009

* Centro Cultural Bento Silva /Casarão da Lagoa em 13 de novembro /Florianópolis/SC/2009

* FORUM MUNDIAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PROFISSIONAL/ Centro de Convenções Ulisses Guimarães de 23 a 27 de novembro/ Brasília/DF/2009

* Teatro Álvaro de Carvalho / TAC em 01 de dezembro / Centro de Florianópolis/SC/2009

* Theatro Adolpho Mello /em 4 de dezembro / S. José/SC/2009

* 9º Didascalico / Mostra de Arte /Auditório do campus do Instituto Federal de Santa Catarina em 21 de setembro / Florianópolis/SC/2010

* Ginásio do Município de Anitapolis em 23 de outubro/SC/20

 4 – Grupo Teatral EXPRESSARTE - Bonecos em movimentos: Peça Teatral "lendas da Ilha de Santa Catarina: O Santuário das Bruxas" (Contos de Franklin Cascaes, da Tradição Oral e Vivências de Infância...), sob a direção de Claudete da Mata e Joel Vigano.
 
* Centro Educacional Infantil Carolina / em 29 de outubro / Biguaçu / SC/ 2009
*Centro Educacional Infantil Monte Cristo / em 29 de novembro / Florianópolis / SC / 2009

* 8º Didascálico - Mostra de Teatro - IF-SC / em 14 de setembro / 2009

* Auditório do Instituto Federal de Santa Catarina / Campus IFSC em 3 de dezembro / Florianópolis /SC / 2009

* IIª Semana Ousada das Artes / Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) / Biblioteca Pública do Estado de Santa Catarina / em setembro / Centro/Florianópolis/SC/2010

* Semana Nacional e 4ª feira de Ciência e Tecnologia do Instituto Federal de Santa Catarina/IFSC/Largo da Alfândega (Miramar) Centro em 15 de outubro/Florianópolis/SC/2010

* Feira do Livro de Florianópolis / 06, 08 e 09 de novembro / Centro /Florianópolis / SC / 2010

* Centro Educacional Infantil Monte Cristo / em 29 de outubro / Florianópolis / SC / 2010

* Centro de Educação Infantil Carolin, 12 de novembro / Biguaçu / Florianópolis / 2010
 
5 - Companhia de Teatro Letras no Jardim: Temporada de Verão / Peça Teatral “O Contador de histórias, a Árvore dos Sapatos", com a esquete especial "Festa das Bruxas" (Contos da tradição oral), sob a Direção de Julião Goulart e Claudete T. da Mata

* Teatro da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina / Centro / Florianópolis / 4 e 5 de setembro de 2010

* IIª.Semana Ousada das Artes / Universidade do Estado de Santa Catarina(UDESC) e Universidade Federal de Santa Catarina(UFSC) no Centro de Artes Cênicas da UDESC  em 22 de setembro / Florianópolis / SC/2010

* Teatro da Universidade Federal de Santa Catarina / Campus UFSC em 21,22, 23, 28,29 e 30 de janeiro/2011
 
6 - Performances mais recentes:

* Benzedeira Gamboa - Açorfest, Palhoça / novembro de 2009
* Manezinha Candoca com a vovó Filomena (uma Boneca de animação) - TVCOM/SC / 21 de janeiro / 2011
* Manezinha Candoca - Programa Valter Pereira (TVPRIMER) / 25 de janeiro / 2011

 7 - Cursos de aperfeiçoamentos mais recentes:
  
* Oficina de Dramartugia "O Ator em cena", no Auditório do IF-SC/Fpolis, sob a direção do dramartugo paulista Carlos Marroco, dezembro de 2010

* Oficina de "Dramartugia para Roteiristas", no SESC/Prainha/Fpolis, sob a Direção do dramartugo Jô Billac/RJ, fevereiro de 2011

* Oficina de Teatro "MÃOS A OBRA: Princípios Fundamentais de Manipulação de Bonecos, sob a direção de Marcelo F. de Souza [Cia. Experimentus Teatrais]- Atividade do Projeto "Intersecções - Intercâmbio de Solos Teatrais", no SESC/Prainha, março de 2011

* Oficina de Dramartugia "Interpretação Perceptiva", no Salão do Conselho Comunitário de Campinas/São José/SC, sob a direção do dramartugo paulista Carlos Marroco, março de 2011

* Oficina de Dramartugia "O Ator Autoral", Teatro da UBRO/Fpolis/SC, pela Fundação Franklin Cascaes, sob a direção de Ribamar Ribeiro, dramartugo e diretor maranhense/carioca, março de 2011.

A Esquete do Pescador com Teco e Suluca, no Caldeirão dos Contos de Encantos

sexta-feira, 25 de março de 2011

O CASAMENTO DE PEDRO MALAZARTE

Certa vez, Pedro resolveu sair mundo a fora, dizendo que dessa vez iria até os confins do mundo em busca da sua princesa encantada.
Pedro tentara visualizá-la, mas nada de conseguir. Decidido como sempre, fez longas caminhadas. Foi a moda Fernando: um pouco a pé, outro pouco andandouco. E não é que após andar dia e noite sem parar, o sortudo encontro um reino desconhecido com castelo e tudo?
Ao chegar no tal reino, O viajante foi logo se enturmando com a rapazeada do reino, um grupo de adolescente acostumados a se divertirem na única praça da cidade, aonde podiam ver de tudo um pouco. Era gente andando manca dali, gente cega acolá.
Outro passa-tempo da garotada, era caminhar em frente ao castelo para ver a princesa fazer o seu passeio matinal. E atrás dela, como sempre, o cachorrão de estimação, um gordo e bem tratado vira-lata.
Todos naquele reino invejavam a sorte do tal animal, que após ter sido enxotado da casa de seu antigo dono, foi logo caindo nas graças da princesa que o adotou como cão seu de estimação.
Cachorrão tinha vida de fidalgo. Mais que isso, o sortudo até dormia na cama da sua nova dona. E para completar o absurdo, ele não deixava estranho algum se aproximar da princesa. Se algum abestalhado se atrevesse, o resultado era sair correndo aos berros sem os fundilhos da calça.
Ao ouvir sobre a boa vida do tal cão, Pedro, de olhos arregalados, até sonhou acordado. Sonhou que era um vira-lata feito o cachorrão. Mas num piscar de olhos, o que viu era um vira-lata que sem sorte... Sabe por quê? Porque na primeira tentativa de se aproximar da princesa, quase foi devorado pelo bichão. Apavorado, Pedro saiu com o rabo entre as pernas, ganindo com o estômago colado nas costelas, correndo que nem gazela.
Ao acordar com o piscar das pestanas, Pedro viu que era um homem inteirão, do topo da cabeça até o dedão. O infeliz se beliscou todinho, até ver que tudo não era sonho, e sim um pesadelo daqueles que só pobre que nem ele costuma ter, principalmente, no final do dia quando sente o ronco da barriga vazia. Foi aí que Pedro viu que pobre honesto rala, mais que cachorro, por um pedaço de pão.
Vivendo tal experiência, o aventureiro Pedro continuou a amizade com os garotos do reino, pois bem sabia ele que esses novos amigos poderiam levá-lo até o castelo. E para sua surpresa, num final de tarde, voltando da escola, seus novos amigos comentaram sobre o que presenciaram no tal reino encantado. Não é que eles viram a princesa fazer uns gestos fora dos padrões reais? E para piorar, também ouviram e viram ela falar coisas que os deixaram bem confusos.
Pedro, curioso como sempre, foi logo querendo saber do que se tratava. Os garotos contaram tudo o que aconteceu: "A princesa deu em ir todas as tardes, até a janela de seu quarto, e num gesto desavergonhado, ela deu pra abrir a roupa, colocando os seios pra fora para quem desejar vê-los. e sem nunhum pudor ela fala alto e de bom tom: "Não sou casada, nem tenho marido, não sei por quê que meus seios são caídos!" Isso deve ser loucura", falou o grupo de uma só vez.
Prestando atenção a analisando a situação, Pedro decidiu acompanhar a garotada, até a escola, no dia seguinte. Para sua surpresa, no caminho de volta para casa, ao passarem pelo castelo, todos puderam ver a princesa na janela de seu quarto, abrindo a parte de cima da roupa e falando aos berros: "Não sou casada, nem tenho marido, não sei por quê que meus seios são caídos!"
Por sua vez, o atrevido Pedro abriu a braguilha da calça, puxou o instrumento pra fora e falou na direção da princesa, olhando-a com os seios de fora: "Não toco pistão, nem toco rabeca... Não sei por quê que meu pinto é careca!"
Diante de tal cena, a princesa ficou encantada com o que viu e ouviu, suplicando ao rei, seu pai, que convocasse aquele desconhecido para a sua festa de aniversário, uma ocasião de estar na hora certa com o homem certo, e com o qual ela se casaria e viveria feliz para sempre. Ela nem ligou mais para Cachorrão, o cão real de estimação, que diante dessa cena alarmante, o pobre teve um piripaque e sumiu.
Não é que o danado do Pedro casou com a sua desejada princesa encantada? Tudo aconteceu dentro dos conformes planejados, até o dia que ele, homem desapegado de tudo ao seu lado, enjoado da vida de fidalgo, resolveu abandonar a princesa do tal reino encantado.
Foi assim que Pedro Malazarte, homem malandro, esperto e galante, do mesmo jeito que entrou na vida da tal princesa, do mesmo jeito partiu, levando com ele o cachorrão, seu novo cão de estimação.

Esta entrou por uma porta e saiu por outra, quem gostou conte pra alguém, quem não gostou que conte outra.

(Autoria: Claudete T. da Mata. Recanto das Letras/22/06/2009/Código: T1662482)

IDOSO NO CINEMA


Certa vez, numa parada de ônibus, duas idosas comentavam sobre o susto que passaram com um idoso estrangeiro, morador de Bagé, que foi ao cinema com o seu bicho de estimação. Veja o que aconteceu:

No balcão da bilheteria, o bilheteiro assustado, olha o galo e vai logo ao assunto: "O que é isso no seu ombro, senhor?"
O idoso orgulhoso, responde com aquele sorrisão: "Meu filho, este e o meu galo de estimação, raça "Galiformes". Comprei numa exposiçãono "Egito", uma torneio que me custou os olhos da cara, tchê. Gostou?
O bilheteiro, cortando a conversa: "Meu senhor, realmente, é um belo galo, mas..., não permitimos animais no cinema."
O idoso aparentemente calmo, concorda. Vai ao toalete, abre a braguilha e enfia o bicho na bombacha, retornando como se nada tivesse acontecido, para compra o ingresso. Entra e senta-se ao lado de duas idosas. Quando o filme começa, o gaudério abre a braguilha para o galo véio respirar um pouco. E não é que o danado do bicho bota o pescoço pra fora, todo feliz! Nesse momento uma das idosas cochicha para a outra: "Acho que o velho ao meu lado é um tarado... Sem vergonha." "Por quê?" Indagou a outra.... A colega responde num ímpeto: "É que o safado, desavergonhado botou o negócio pra fora." A colega, relembrando os tempos de outrora: "Ah, não te preocupa, lembra que na nossa idade nós já vimos de tudo." A outra, tentando disfarçar o entusiasmo, fala com a cabeça erguida, empinando o nariz: "É..., eu sempre pensei a mesma coisa. Afinal, sou filha de Deus, né, mas é que o danado do negócio tá comendo a minha pipoca, o que faço?" A colega com um sorriso maroto, responde: "Aproveita bobinha, e esquece as pipocas."
(Autoria: Claudete T. da Mata, 2011)

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

PRESENTE DE DEUS

Dedico este poema ao meu filho Natan Leal.

Origem: Hebraico; significado: Presente e Dom de Deus
Analise da Primeira Letra do Nome: N

Trabalhador disciplinado, incansável, dinâmico, inteligente e criativo, está sempre disposto a colaborar sem outra intenção que não seja a de ajudar os outros. Consegue executar quaisquer tarefas que exijam paciência, sejam estas cansativas ou monótonas, daquelas que a maioria das pessoas costumam recusar. Não admite ser interrompido quando está falando ou trabalhando, e é critico por demais com si mesmo e com outros. Indica uma pessoa que enfrenta o dia-a-dia com muito otimismo. Nunca desanima diante dos problemas, pois acredita que sempre encontrará força para vencê-los.


Garoto que nasceu chorando,
Falando ao mundo que nasceu!

O céu foi o princípio de tudo,
De todos os seus limites, suas condições e convicções...

Tua viagem foi longa,
Mas tua chegada precisou apenas de alguns minutos.

Tua chegada foi uma festa,
Uma grande festa!

Tua mãe, tua condutora, teu anjo de corpo presente.
Teu pai, teu primeiro e grande amigo, mais um anjo protetor.
Tua irmã, tua primeira confidente e companheira sempre presente.
Tua casa, teu porto seguro.

O amor que te esperava,
Desde a tua caminhada,
Foi o mesmo que te recebeu, que te criou e te educou.

Envolvido e protegido neste ninho de amor
O resultado foi promissor.

Tudo deu certo,

Por isso, hoje és o que és,
Preparado para alçar vôos
E trazer contigo tua parceira
Para juntos servirem também de condução
Para trazerem ao mundo mais um SER.

Um SER tão belo e amado quanto você!

(Autoria: Claudete T. da Mata, 2010)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

DRAMATURGIA COM BONECOS: "LENDAS DA ILHA DE SANTA CATARINA"

1ª Edição: 16/09/2009 - Didascálico - Mostra de Teatro do IF-SC - Local: IF-SC - Av. Mauro Ramos, Centro - Florianópolis/SC
2ª e 3º Edição: Edição: 15 e 17/10/2009 - 3ª Feira de Ciência e Tecnologia - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IF-SC - Local: Largo da Alfândega - Centro - Florianópolis/SC.
4ª Edição: 29/10/2009 - CEI Carolina - Biguaçú/São José/SC.
5ª Edição: 29/11/2009 - CEI Monte Cristo - Bairro Monte Cristo/Florianópolis/SC.
6ª Edição: 03/12/2009 - IF-SC - Campus Florianópolis/SC
7ª Edição: 14/10/2010 - 4ª Feira de Ciência e Tecnologia - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IF-SC - Local: Largo da Alfândega - Centro - Florianópolis/SC.
8ª Edição: 2ª Semana Ousada: UDESC e UFSC - Biblioteca Pública de Florianópolis/SC.
9ª Edição: 21/01/2011 - Temporada de Verão Do "Contador de Histórias e a Árvore dos Sapatos" - Teatro da UFSC.
10ª Edição: 23/01/2011 - Temporada de Verão Do "Contador de Histórias e a Árvore dos Sapatos" - Teatro da UFSC.
11ª Edição: 28/01/2011 - Temporada de Verão Do "Contador de Histórias e a Árvore dos Sapatos" - Teatro da UFSC.
12ª Edição: 29/01/2011 - Temporada de Verão Do "Contador de Histórias e a Árvore dos Sapatos" - Teatro da UFSC.
13ª Edição: 30/01/2011 - Temporada de Verão Do "Contador de Histórias e a Árvore dos Sapatos" - Teatro da UFSC.

(Inspirado nas minhas vivências de infância, adolescência, e nas obras de Franklin Cascaes)

A Peça remonta a cultura catarinense, com a vinda dos açorianos, trazendo nas suas bagagens as BRUXAS DE NOSSA SENHORA DO DESTERRO, as quais povoavam o imaginário de adultos e crianças de todas as idades. É um espetáculo inspirado nos contos passados de pais para filhos, nas noites escuras, no pé do fogão à lenha e no "Fantástico da Ilha de Santa Catarina", através dos contos de Franklin Cascaes. São histórias contadas e encenadas em fragmentos, com caracterização de época, mostrando o que os ilhéus e outras comunidades próximas da atual Florianópolis, viviam até os meados do século 20.
Os descendentes dos açorianos, que acreditavam e que ainda acreditam na existência das bruxas e nas suas malvadezas, atribuem aos atos maléficos, as causas dos seus sofrimentos. Neste limiar onde as bruxas se misturam com os astronaltas, exemplificando o universo registrado por Franklin Cascaes, as riquezas, as tradição e encantamentos ultrapassam os limites de Santa Catarina. O texto mostra um linguajar típico, com seus vícios e movimentos expressionistas, que conduzem o público à visualização dos aspéctos manezes da Ilha. A peça com seus balés bruxólicos, possui clima de suspense e uma euforia bem diferente da atual Florianópolis, por se tratar de uma época em que o medo gerava a angústia e o sofrimento de pessoas simples, as quais eram levadas pelo senso comum, cultuando suas crendices sem a busca de conhecimentos. O roteiro se desenvolve com narrações e encenações de embruxamento e festa de bruxas com Caipora, lobisomem, saci, boitatá..., da praia de Itaguaçú, Coqueiros, cujo palco se divide entre a Ilha de Santa Catarina e o Continente, quando algo muito apavorante aconteceu numa sexta-feira de lua cheia, depois da meia-noite, onde o capeta transformou todos em pedras. Aqui os bonecos ganham vida, se transformam em narradores e personagens que emocionam, impressionam e provocam o imaginário.

Tempo: 60 min.
Público: Infanto-juvenil e adulto

Roteiro, Adaptação, Direção, Sonoplastia, Iluminação e Figurinos.:
Claudete Terezinha da Mata


APOIO TÉCNICO:
Natan Leal - Sonoplastia, Iluminação
Nalin Adriana Leal – Fotografia e Filmagem


____________ Gostou?____________

Então deixe seu recado na caixa de comentários.
Contato para Apresentações: claudete_tm@hotmail.com
Fone: (48) 38.792061 ou 96.006680

Iremos até você!

domingo, 27 de setembro de 2009

O QUE FAÇO?

CLAUDETE T. DA MATA:

Sou mãe, presenteada por Deus com dois rebentos maravilhosos, Nalin e Natan, dois seres iluminados que vieram ao mundo para dar mais sentido à minha estadia no planeta Terra, e esposa de um homem maravilhoso, do tipo que me dá azas para voar, sem podar nenhuma das minhas penas. Aprendemos juntos, a convicer com nossas diferenças, respeitando-nos sempre. Assim, já estamos juntos ha 21 anos, e confesso que está valendo muito a experiência. Atualmente, represento as manezinhas da Ilha de Santa Catarina, "Candoca", uma típica animadora e divulgadora de eventos, que encanta e desencanta coisas que até Deus duvida. Vivo uma constantes buscas de novos saberes!


Olha só eu aí de "Candoca", contando histórias para 120 crianças no CEI Carolina, Biguaçu/Fpolis/SC/Br/2009. Hoje meu conto "O filho da Bruxa" e "A lendas das pedras de Itaguaçu".
Quer ouvir?
Lá pras bandas da praia do Ribeirão da Ilha de Santa Cataria viva uma mulher muito estranha. Do outro lado viva um pescador. O lugar era cheio de gatos, cachorro do mato e outros bichos. De madrugada, principalmente nas noites de lua cheia, a bicharada ficava agitada, as crianças choravam tanto que parecia rasgar a boca e arrebentar a barriga. os patos andavam pra lá e pra cá. Na beira da praia os pescadores ficavam em silêncio. Diziam que era noite de bruxa.
A dona Sissa, uma benzedeira do lugar, que ajudava muitas crianças a nascer, também ficou agitada. Sentiu que algo de estranho estava para acontecer. E aconteceu. Até os cachorros do mato latiam e ganiam sem parar. Os gatos miavam e um choro se misturava aos miados.
Em alto mar, os pescadores foram chamados pelo pescador mais velho. Ele pediu que todos ficassem quietos para ouvir o que estava ouvindo. O silêncios se instalou e o saragaço começou.
- O cumpadi tá orvindo o que, homi de Deugi? Quis saber um dos pescadores, já fazendo o "sinal da cruz".
- Tô orvindo um choro de guri piquenu, não tax orvindo seu tansu? Adexpox o surdo so eu, visse?
E todos voltaram ao silêncio em respeito ao Vivinho, o pescador mais velho do bando, que, perdendo as estribeiras, decidiu voltar e procurar a criança.
- Cumpadi, isso é ganido de filhote de cachorro. O diacho deve te acabado de nascê, visse? Retrucou o pescador mais novo do bando, já saltando da canos.
- Larga dessa bobice que é choro de criança e vem lá do meio do milharal, vamo, vamos - disse Seo Vivinho.
Dentro de casa, a dona Sissa já se aprontava para sair e ver de onde vinha o choro, que para ela também era de criança e vinha do meio do milharal. Ao sair, os cachorros a seguiram e foram farejando.
Seo Vivinho chegou primeiro e encontro o dono do choro. Uma criança recém nascida enrolada em panos velhos. Ao olhar para o pescador mais novo, a criança parou de chorar e sorriu. E, o silêncio se instalou. 
Seo Vivinho pegou a criança e colocou no colo do Zé das Pedras, o pescador que agradou a criança.
- Acho bão levá lá pra sinhá Sissa vê se é menino ô minina. Vamo?
Enquanto os pescadores saiam do milharal, dona Sissa que estava à procura da criança, na companhia de seus cães de caça, nada encontrando, voltou para casa. Ao chegar encontrou os pescadores que narraram o acontecido e entraram juntos na casa da benzedeira. 
- É um minino forte e sem marca de bruxa. Vou fazê a reza de proteção e dexpox tu leva ele pra e cria como teu fiu, visse Zé? 
- Eu que nem muié tenho, comu qui vô criá essi minino, sinhá?
- Óiaqui seu cagão, eu batizo ele e tu cria. E regixtra ele cunomi di João. Agora toma qui o fiu é teu i trata logo de casá, visse? Foi assim que tudo aconteceu lá para as bandas da praia do Ribeirão, onde nascer e viveu Velho João, ontem menino que adorava pegar conchinhas na praia, brincar com as meninas estranhas e ouvir histórias antes de dormir. A cada noite, sua mãe enchia sua imaginação de fadas, bruxas e até de dragões. O menino era feliz por viver tantas aventuras, onde ele era sempre o herói, mesmo que todos o chamasse de filho da bruxa, quando ele entrava no milharal para pegar passarinho. Nesse tempo era comum caçar passarinhos para comer assados sobre a chapa do fogão à lenha.
O tempo passou, João cresceu e não quis mais saber de colher conchas na praia, brincar com as meninas nas noites de lua, e nem de ouvir histórias de bruxas. 
Na mocidade, ele apaixonou-se e quis casar. Mas nenhuma moça quis saber dele, porque a vizinhança sempre dizia: 
- Aquele é filho de bruxa!!!
Tempos depois, João tornou-se um grande percador e gostava de vizitar o farol da Praia dos Naufragados. Sozinho na sua casa à beira da praiaJoão envelheceu. Ele morava numa casa engraçada, onde levantava com as galinhas e as marrecas, suas companheiras poedeiras, e dormia com o Sol.
Para sua surpresa, numa noite de lua cheia, Velho João ouviu uns ruídos estranhos, que vinham lá da cozinha, parecendo cochichos de mulheres. E veio-lhe à memória que uma das vozes parecia sua mãe.
Ele se levantou de mansinho, pé por pé... Desceu do sótão, onde costumava dormir desde menino. Prestou atenção e ouviu que as vozes eram de bruxas que estavam na sua cozinha, na maior festança a planejar seus passeios bruxólicos noturnos, após a comilança, para chupar sangue de criancinha de berço.
Tomado pelo medo, velho João manteve-se calado, espiando o saragaço da porta de seu quarto. Usando de toda a sua experiência e sabedoria, a bruxa mais velha do bando, viu o velho João tremendo que nem vara verde. Nesse momento, a vassoura matreira, que estava encostada no fogão a lenha, olhou para a sua dona com uma piscadela de olho e saiu correndo se metendo entre as pernas do velho João, levantando voo e saindo casa pela praia afora, com o velho todo desassossego. 
A vassoura bruxólica parecia um avião com o velho João agarrado nela a voar sobre a praia do Ribeirão. Mas o velho, todo desengonçado, quase se despencando lá do alto, chegou na Praça XV, bem no Centro da cidade, onde sobrevoou durante tanto tempo, até que se desequilibrou e caiu bem no meio de uma dupla de palhaço, que cantarolavam, falavam palhaçadas e a platéia ria, ria... 
Velho João, todo animado, caiu da vassoura. Feito menino, entrou na brincadeira, pulando, cantando e palhaçando, arrancou aplausos e ridos das pessoas. E, esquecendo do bruxaredo e do tempo de criança, agradecido por ter sido bem recebido, o velho João não acreditou no que estava vendo, fazendo e ouvindo. De repente, sentiu saudade de casa, principalmente de seu travesseiro o seu melhor companheiro. Nesse momento, a vassoura escondida atrás da figueira da Praça XV ouviu o sussurro do velho e, correndo, se meteu entre as pernas dele. Os dois levantaram voo.
Como num passe de mágica, velho João se viu deitado na sua cama quentinha, vestido com seu pijama de bolinhas e abraçado com o seu travesseiro, e falou:
__ Isso só pode ter sido um sonho. Levantou-se e foi até a cozinha, que estava vazia e toda limpinha. Nesse dia ele prometeu que passaria a contar muitas histórias. E a cada história contada, as bruxas seriam libertadas e felizes com suas vassouras, povoando a imaginação de muitas pessoas. Neste instando, a janela de seu quarto se abriu. E o velho João se levantou para fechá-la. Mas quando ele colocou suas mãos na janela, lá de fora alguém deu uma gargalhada: __ Ahahahah....
Era a mãe do velho João, a bruxa mais velha do bando, a dona da vassoura que o levou até a Praça XV e o trouxe de volta. Escrevi esta história em junho de 2006.

Atuações:

- Terapia psicopedagógica clínica destinada a indivíduos com dificuldades de aprendizagem autistas, disléxicos, portadores de X-Frágil e outras síndromes;
- Ministrante de Cursos nas seguintes áreas: Déficits de Aprendizagem - Tratamento Psicopedagógico e Trabalho de Prevenção;
- Ministrante de Oficinas de Contação de Histórias e Teatro de Bonecos, para crianças, adolescentes e adultos.
- Faço Animação de Festas Infanto-Juvenil e Adultos - Com teatro de bonecos, contação de histórias, performances... com experiências teóricas e práticas na área de educação.

Eu, "Benzedeira Gamboa mais a cumadi Gracinda", atuando na peça "Seo Frankolino e o Fantástico da Ilha", no Teatro Ulisse, em Brasília/2009.

OBS: Atualmente, estou precisando de profissionais com interesse de participar do "Grupo de Teatro Expressarte - Bonecos em Movimento". Os novos integrantes participarão de oficina teatral "Princípios Básicos de Manipulação de Títeres", para iniciantes, os quais atuarão na manipulação de bonecos, sob minha Direção e de Joel Vigano (At
or).

Gostou?

Contato: claudete_tm@hotmail.com

sábado, 26 de setembro de 2009

A LENDA DAS PEDRAS DE ITAGUAÇU

LENDA DAS PEDRAS DE ITAGUAÇU
Autoria: Claudete T. da Mata
(Texto escrito em 2007 e Publicado no Recanto das Letras/16/05/2009/T1597111)
A história que vou contar, é uma lenda popular, que pode ser encontrada em relatos do ilhéu "Franklin Cascaes" e do seu seguidor, popularmente conhecido, por "Peninha". Sendo assim, as possíveis semelhanças, são meras coincidências. Conheci esta lenda, na década de 80, quando uma idosa, ao me ouvir falar sobre  as bruxas da Ilha de Santa Catarina, me fez uma pergunta muito simples: __ Minha filha,  já ouvisse falar da história das pedras  da ponta da Praia de Itaguaçu? A resposta foi imediata: __ Nunca ouvi nada a respeito. Foi então que pela primeira vez, ouvi alguém falar sobre esta Lenda, a qual me deixou noites e noites intrigada, mas que após muitas reflexões sobre tudo o que ouvi, é que registrei cada palavra que me visitou a mente. Em 2006, quando participei do Curso de Contador de Histórias, do SESC/PRAINHA/FPOLIS,  tomei conhecimento dos contos do primeiro autor supra citado, e mais tarde do segundo (Peninha). Mas, agora é hora de conhecer o conto que escrevi.

Há muitos anos atrás, de madrugada, numa sexta-feira de lua cheia, lá na beira da praia do Itaguaçu, na época um grande gramado em Coqueiros – Florianópolis, Santa Catarina, um bando de bruxas muito malvadas, que tinham o costume de roubar as canoas dos pescadores para os seus passeios noturnos, resolveu dar uma festa, convidando todos os seres elementares, menos um, o capeta. 
Acontece, que o coisa-ruim, desconfiado, resolveu fazer a ronda para ver como as coisas estavam. Mas, a sua bruxa preferida: uma benzedeira de zipra, zipela e zipelão, espinhela caída, carne quebrada, nervo torto e mal olhado, também saiu naquela noite para ver se o demo andava por perto. Pois bem sabia ela, que se ele soubesse da tal festa, colocaria tudo a perder. 
Pois, o malvado só comparecia nas festas para abusar das bruxas. Elas já não aguentavam mais as suas sacanagens. Ele só aparecia nas festas para dar tapas, beliscões, mordidas e chicotadas nas bundas das bruxas. Isso, quando o tinhoso não ficava cutucando cada uma delas com o seu enorme rabo. Envolvidas nas urgias do capeta, as bruxas acordavam no dia seguinte, em suas casas sem o fado, com o corpo dolorido, com marcas roxas por todos os lados. Não era a toa que os seus maridos ficavam intrigados com o que viam.
Ao aproximar-se do ambiente festivo, o capeta pôde sentir o cheiro das bruxas e ouvir as suas frenéticas gargalhadas. E vendo que fora traído pelas bruxas, por ele tão cobiçadas, o tinhoso enfurecido, ajeitou os chifres embaixo do chapéu e o rabo sob sua vestimenta, cobrindo-se com um manto preto e esfarrapado, ficou de espreita, no meio de um pé de manguezal para dar o grande bote.
Camuflado, o capeta foi chegando de mansinho e adentrou na grande festa, disfarçado de mendigo. Nesse momento, o descarado pediu às bruxas, com voz roca e suplicante: __Um pedaço pão e um copo de água, por favor...! Ao verem aquele homem esfarrapado, com cheiro de bode, pedindo pão e água, as bruxas caíram na gargalhada: ­­__Sai daqui coisa feia, mistura de cruz credo com aquilo, horroroso, nem o coisa-ruim é tão feio e fedido como tu! Ahahahahaha...
Sem saber, todas as bruxas zombaram do capeta. Mas ele, tinhoso como sempre, continuou no disfarce, insistindo no pedaço de pão e no copo de água. Até que a bruxa mais velha do bando resolveu atender-lhe o pedido, dando-lhe uma migalha de pão oco e seco, e um copo de vinagre. 
Assim que o safado mordeu o pão e bebeu o vinagre, ficou enfurecido..., perdeu um dente e cuspiu fogo na direção de todos os convidados.
Nesse momento o mar ficou revolto, chamando o vento sul, que apagou as luzes das velas e das lamparinas que clareavam aquela noite escura. Foi então, que as mãos, os braços e as pernas das bruxas começaram a encolher..., com as suas orelhas e nariz desaparecendo. 
As ondas do mar inundaram todo o campo verde, arrastando todos, fincando cada “Ser Elementar” no seu lodo salgado.  E lá na beira da praia, o capeta exclamou aos urros e de bom tom: 
__Não me convidaram para a festa, é? Nem quiseram me servir, muito menos me respeitar. Suas ingratas... Em vez d’água me deram vinagre e em vez de pão me deram um torrão. São só fofocas, maldades e traição. Desta vez terão seu troco; de agora em diante em forma de pedras viverão. Neste campo transformado em mar, plantadas para sempre irão ficar! Assim pediram, assim será! Ahahahah...
Dizem que nessa noite, lá na beira da praia de Itaguaçu, o capeta sumiu. E as bruxas lá ficaram com todos os seus convidados transformados nas misteriosas pedras encantadas. Umas grandes, outras pequenas; de todos os tamanhos e formas. Quem duvidar é só passar por lá, de preferência a noite, numa sexta-feira de lua cheia, depois da meia noite. Ahahahah...!